
Automutilação
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Machucar-se não é natural! Esse comportamento indica que há um sofrimento intenso no indivíduo e exige tratamento e acompanhamento com profissionais da saúde. A automutilação é um transtorno do comportamento que pode afetar de forma negativa, um ou mais aspectos da vida, como o familiar, social, escolar e até profissional. Os transtornos estão relacionados a questões psíquicas e emocionais, ou seja, não são provenientes de alterações físicas e/ou biológicas. Seu diagnóstico é clínico, não havendo necessidade de exames para sua constatação, contudo, deve ser realizado por um médico.
Talvez, por não ser de ordem física, falar sobre os transtornos mentais e entendê-los possa ser mais difícil, embora extremamente necessário. O transtorno em questão pode acometer pessoas de todas as idades, inclusive idosos, mas pesquisas indicam que o maior número de casos ocorre entre os adolescentes. Ter acesso a algumas informações e contextos pode ajudar a esclarecer o que está acontecendo e contribuir para que os que praticam a automutilação se sintam mais confiantes para pedir ajuda.
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A automutilação é multifatorial, ou seja, não tem apenas uma causa. Normalmente, diversos fatores se combinam, gerando um sofrimento emocional e/ou psicológico intenso no indivíduo. Muitas vezes, o que se acredita ser o motivo dela pode ter sido apenas a "gota d'água" que fez o sofrimento transbordar. Pode, também, ser o que chamamos de gatilho. Gatilhos são situações, ou acontecimentos, que disparam um sentimento ruim, uma memória triste ou até mesmo algum trauma. Por isso, é possível que algumas pessoas não saibam o motivo de seu sofrimento ou acreditem que apenas um acontecimento foi a causa dele.
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É importante entender que, sem um acompanhamento adequado, o transtorno pode permanecer durante anos. O processo de tratamento, além de ajudar o indivíduo a identificar os fatores envolvidos, visa ajudá-lo a desenvolver ferramentas e estratégias, psíquicas e emocionais, para lidar com os problemas, sem que haja necessidade de machucar-se. Assim, quanto mais ele espera para pedir ajuda, mais difícil e demorado poderá ser o tratamento. Pense nisso !
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Outra questão importante e que pode estar dificultando a eliminação esse comportamento, é a presença de outros transtornos ou doenças mentais. Os estudos apontam que pode haver comorbidades num indivíduo, ou seja, a junção de dois ou mais problemas de saúde, que podem agravar-se mutuamente. No caso da automutilação, a mais frequente é a depressão, mas pode haver outros. Assim, a consulta com um psiquiatra é indispensável! Fique alerta caso os cortes fiquem mais profundos e os episódios mais frequentes.
Se você tem menos de 18 anos de idade e se machuca, o primeiro passo é contar para alguém de sua confiança, de preferência, um adulto. Normalmente, falar para os pais ou responsáveis é uma tarefa difícil e isso pode acontecer por diversas razões. Muitos filhos não querem preocupar ou decepcionar os pais ou responsáveis, além disso, pode ser que a sua relação familiar esteja numa fase conturbada. Podem existir outros motivos que dificultam ao jovem contar o que está acontecendo, e alguns deles podem ser muito graves, como a violação dos direitos da criança e do adolescente. Por isso, é muito importante, contar a um adulto de sua confiança !
Apresentamos algumas alternativas à autolesão (referências ao final desta página):
Apertar um cubo de gelo na mão até derretê-lo, causando dor, mas sem deixar cicatrizes;
Bater em travesseiros ou outros objetos macios para extravasar os sentimentos;
Esfregar uma borracha no local que costuma cortar-se;
Morder ou comer alimentos fortes ou picantes;
Desenhar e/ou pintar;
Escrever seus sentimentos e pensamentos;
Criar histórias, músicas ou poemas nos quais possa expressar-se;
Técnicas de relaxamento e/ou meditação;
Assistir a filmes ou séries;
Ouvir músicas que acalmam;
Falar com um amigo ou ter uma pessoa para quem possa ligar nas horas de angústia.
Alguns materiais publicados trazem informações importantes e podem ajudá-lo a lidar com a situação. Da mesma forma, algumas músicas podem servir como um estímulo positivo nesse contexto. Se você pratica ou não a automutilação, se já escreveu, desenhou e/ou pintou algo sobre esse tema, considere enviá-lo para o e-mail indicado no final desta página. Talvez possa ser publicado aqui no site, como forma de ajudar outras pessoas a entenderem e expressarem esse tema!